Carta fechada ao Senhor Presidente desta Câmara de Lisboa, senhor doutor Santana Lopes
Senhor presidente,
Conhecido o seu amor pelos destinos da cidade que o viu nascer e aos destinos da qual por ora preside;
Conhecida a sua profunda devoção aos seus habitantes;
Conhecida a sua já antiga reflexão teórica sobre a prática urbanística e as inovadoras propostas que tem apresentado ao longo dos anos para resolução dos problemas que afectam as cidades no geral e Lisboa em particular;
Conhecido o justificado entusiasmo com que todos os sectores da sociedade portuguesa receberam a anunciada intervenção no Parque Mayer;
e verificando com preocupação que:
- A inépcia de todos aqueles com quem tem de trabalhar,
- A má-vontade manifesta de alguns "opinion makers",
- A inconveniente situação económica da autarquia com que se defrontou,
- A de todo inesperada exorbitância que os projectistas internacionais cobram pelos seus honorários,
o têm impedido de levar a bom porto todas as grandiosas operações que apresentou no decurso do seu mandato.
TEMOS A HONRA DE, HUMILDEMENTE,PROPOR,
"A SOLUÇÃO!"
para o problema premente do parque Mayer pois:
- Na senda do caminho inaugurado pelo Sport Lisboa e Benfica, o projecto já está feito e aprovado podendo dar-se de imediato início aos trabalhos o que permitirá a apresentação de um estaleiro de obras com bom aspecto por alturas das presidenciais;
- O preço de um projecto em segunda mão é bem mais económico para o erário público;
- O prestígio de ter uma obra assinada pelo arquitecto Gehry mantém-se;
- Pode continuar a dizer, nas revistas da moda, nas reuniões da moda, nas noites de quinta-feira "(...) ainda outro dia o Frank me disse quanto a sua carreira melhorou após o projecto do Mayor's Park";
- Com uma pequena alteração do local de implantação, resolve o problema das múltiplas localizações do casino e da nova localização da feira popular - a qual se passará a chamar "Feira de vaidades popular", nos tempos que correm, todo o populismo é pouco.
Um seu humilde colaborador que, desde os tempos em que rachava cabeças aos militantes do MRPP na faculdade de direito, o admira,
Possidónio
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