agosto 31, 2005

O VENENO VOLTA SEMPRE AO LOCAL DO CRIME

Não foi Mário Soares quem, a propósito de Fidel, falou de dinossauros que teimam em não abandonar o palco político?

MANUEL POETA

Ainda há seres dotados de coluna vertebral no mundo político português. Que não têm medo de hipotecar o seu futuro partidário. Que dizem o sentem e o que pensam.
Que pensam!
Se o que concluí após o seu discurso de ontem está certo, infelizmente Alegre não será candidato à presidência da República. Porque, para ele, menor mal será "monarquizar" a República do que contribuir para a vitória do candidato "da direita".
Ora nem o candidato "da direita" se mostrou, na sua prática governativa tão mais à direita do que Soares, nem é preferível recolocar um dinossauro no poder.
Para mim, que até nem sou psocialista, as palavras iniciais de Alegre fizeram todo o sentido do mundo. Tanto sentido que, caso decida assumir a ruptura e se candidate, terá o meu voto.

agosto 22, 2005

HARE KRISHNA

Peça surrealista num dos telejornais de sábado passado: uma dúzia de monges tibetanos impedidos de exercer o seu direito democrático à opinião. Sim, eram monjes tibetanos, viam-se à distância os seus crânios rapados. Só não percebi porque é que em vez dos seus trajos côr de açafrão vinham de t-shirts pretas e nos pés, ao invés das sandálias de couro, óptimas para esta canícula, traziam doc-martens bem ensebadas. Nem porque é que, em vez dos tantras que nos habituámos a ouvir das suas bocas gritavam o nome da rena do pai-natal rodolfo é, rodolfo é. É uma rena, isso até eu sabia.

Mais surrealista foi descobrir num desses monges um empregado de uma loja que costumo frequentar. É um rapaz simpático, bom profissional, já me tem resolvido um ou outro aperto com boa vontade. Quem o diria tão religioso...

Pois é. Eles andam por aí. E qualquer dia, com o descrédito que a III República já leva, começam a bater-nos à porta...

BERENIZ BATARDA

Ontem, na 2:, uma fulgente aparição. (existe "fulgente"? Bah, ela é, fulgente) Como não acreditar na existência de Deus perante uma criação que nos aparece como tão próxima da perfeição? Como não acreditar no Inferno quando compreendemos a injustiça de tão poucos terem tanto quanto a tantos foi concedido tão pouco?

Chapeau para quem sabe ser inteligente.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XXII)

PROVENÇA

As viagens sem percursos pré-pagos têm inconvenientes que se podem tornar em vantagens. Perdermo-nos no mapa. Perdermo-nos do mapa. Seguir tabuletas informativas que pressupõem um conhecimento do local impossível para quem procura nelas precisamente "o" local. Cruzamentos, bifurcações, rotundas. Detestei grande parte da Provença que percorri. Demasiado suburbana. Demasiado comum. Demasiado alheia aos "pontos de interesse" assinalados nas brochuras.

E, de repente. Um caminho de montanha, uma torre de vigia da floresta como aquelas que se dizia ser indispensável em cada recanto da floresta profunda portuguesa, e uma igreja quase ermida. Perdida ou encontrada. Não sei.

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Mas uma igreja descoberta quase por acaso no cimo de uma montanha, rodeada de árvores é quase trivial para quem lê, é pouco menos que entusiasmante para quem a vê.

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Marcante é o monumento adjunto. Um pedaço de história que aconteceu realmente - não em filmes, não na televisão. Aqui. A duas gerações de distância, já em vida dos meus familiares mais próximos ainda vivos. Há pouco tempo. Sentir a ficção transformar-se em realidade (ainda que passada) não é todos os dias. Talvez tenha sido este o dia em que mais senti o fosso que separa o meu país do resto do mundo europeu.

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CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XXI)

PROVENÇA

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Ocre e violeta-lavanda. Violeta e ocre. Provença. Depois do verde das montanhas, o verde que é também o do meu país. E o pó. Antes olhar para a alfazema. Que não vi plantada.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XX)

PIRINEUS, ST-JUST DE VALCABRÈRE

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Tão apequenada pela grandeza que do alto do seu pódio a vizinha St Bertrand lhe impõe, a basílica que foi romana e é românica espera uma silenciosa e lenta visita.

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Ah, sim. O cemitério local intersecta-nos o percurso, entre o portão e o adro. Aparentemente, só existe uma dúzia de famílias na região. Ou só uma dúzia delas teve poder e dinheiro suficientes para aqui ter eregido o seu derradeiro símbolo. Estranhos gauleses, estes gauleses.
PIRINEUS, SUPERBAGNERES

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Citytour versão montanha, a tiracolo de várias dezenas de metro de tela. Sobrevoo do pico e descida pausada (e não menos assustada) para o vale. Emoções.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XIX)

PIRINEUS, SUPERBAGNERES
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Pior do que ficar de boca aberta a olhar é tirar fotografias e publicá-las no blog. Corny. Tacky. Pretensious? O espaço perde-se todo na imagem. As imagens são pobres evocações em duas dimensões da realidade. A realidade é que nos falta esta realidade na paisagem portuguessa.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XVIII)

PIRINEUS
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aaAARGHQUITECTURA. Também há por aqui. De montanha e para estranhos.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XVII)

PIRINEUS

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Ir por aí de carro, a olhar para os verdes das paredes quase a pique, o ribeiro, as casas de montanha, em madeira, e a estrada a chegar ao fim, um restaurante, um parque de estacionamento. Bom, saiamos, percorramos o caminho, vejamos para onde nos leva.

Uma central eléctrica, antiga de um tempo em que Portugal era só deus-pátria-autoridade, duas cascatas, uma água gélida, raios de luz confundindo-se com gotículas fugidias da queda, para perfeita paisagem só falta a ausência de pessoas e o silêncio, o silêncio.

E VIVAM OS DIRECTOS!

"Então e a senhora?"
"Ai estou aqui aflita com a minha casinha que está tão perto das chamas, se não me acodem..."
"Está preocupada, portanto...?"

INCÊNDIOS

Imagem do dia: um depósito de botijas de gás ao ar livre, à beira da estrada, habitações em frente e pinhal nas traseiras com um farto ornato de mato seco. Mas quais incendiários, quais canadairs, quais antónios costas, quais calamidades públicas!

agosto 19, 2005

NETCABICES

Estou por aqui das contas da netcabo. Aceitam-se sugestões para mudança de provedor.

TOTONEGÓCIO

A Liga de clubes profissionais de futebol assinou um contrato de patrocínio com uma empresa de apostas desportivas on-line.

A santa casa da misericórdia e a associação dos casinos de portugal, donos do monopólio de jogos em Portugal, protestam e, com isso, aceleram a promoção da empresa.

Sim, os tempos mudam e nem o maior dos proteccionismos consegue eliminar os riscos da concorrência.

Pode ser que os novos patrocionadores se responsabilizem pelo pagamento das antigas dívidas dos clubes ao fisco.

agosto 17, 2005

INCÊNDIOS

De acordo com dados oficiais conhecidos hoje, a área ardida em incêndios florestais este ano, até 14 de Agosto, foi de 134 mil hectares. Em 2004, a área total ardida foi de 124 mil hectares.

Hum... Ainda bem que há meios suficientes para combater os incêndios e não é necessário declarar o estado de calamidade pública.

Este Estado já é uma calamidade.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XVI)

LUCHON

Se já os últimos quilómetros de Espanha nos Pirinéus oferecem vistas que são um refrigério para os mortificados sentidos de um viajante que vem de atravessar toda a desolação de La Mancha e vizinhanças, com o impacto de picos que parecem prestes a desabar a centímetros, de florestas profundas e de cidades que parecem saídas do mais desolador conto de Dickens, os Pirinéus franceses são o endereço onde apetece parar e desistir do resto da viagem. Panoramas, florestas, lagos e cascatas, ribeiros gélidos à beira dos quais se torna imperativo degustar todas as tentações que gulosamente se coleccionam ao longo do dia... é fácil ser-se provinciano por aqui e manter uma perpétua e deleitada aprovação pelas inúmeras descobertas disponíveis mesmo à mão de semear.

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Luchon altera a arquitectura burguesa de cidade termal com o cachet dos pequenos edifícios das ruas traseiras.

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Tem o seu boulevard (à escala própria de pequena cidade de província) que culmina no largo do edifício das termas (mais precisamente nos dois corpos do complexo das termas, um inicial seguindo os cânones clássicos e, inevitável, um acrescento modernaço (anos 60?) em cortina de vidro, não demasiado presumido) e - o que seria heresia máxima em termas implantadas em mais puritanas paragens mas que será - concerteza! - to-tal-ment naturel em terras de França -que possui uma concentração pantagruélica de lojas gourmands com produtos do terroir. Quem, no seu natural juízo, perderá tempo com curas de águas que inevitavelmente se diluirão nos primeiros dez minutos de degustação destes queijos, destes vinhos, destes patés e cassoulets, champagnes e rosés? Mas quem perderá tempo com estas negras objecções? Ah, a vida é bela e há que a disfrutar enquanto os tempos o permitem!...

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Luchon tem também um, inevitavelmente a visitar, mercado. Um mercado de rua (mais interessante) a rodear um mercado-edifício mais sensaborão. Que é a única coisa com pouco sabor de todo o local.

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agosto 16, 2005

AFORISMO

"Antes de qualquer português está o meu país, antes do meu país estão os meus filhos"

Se o meu pai tomasse esta posição, ficaria orgulhoso como filho. Já sendo o primeiro-ministro...

agosto 13, 2005

ESTADOS DE EMERGÊNCIA

Obviamente que declarar o estado de calamidade pública é reconhecer a calamidade pública em que este Governo se está a transformar.

POLITICAL QUIZ

Q: Qual a melhor maneira de recolher os 2contos sem passar pela casa PARTIDA?

A: Tomar um minúsculo partido de assalto e convencer um partido candidato ao poder da força do seu patrocínio.

PS - Carmona Rodrigues, o independente do PSD, formalizou hoje a sua candidatura à Câmara de Lisboa. Acompanhado de Fontão de Carvalho, ex-vereador eleito nas listas de João Soares há duas eleições. E ainda se queixa o PS-Felgueiras da predominância de independentes nas listas locais...

agosto 12, 2005

CUIDADO...

À atenção dos partidos portugueses: cuidado com os publicitários brasileiros usados nas campanhas eleitorais! Olha se a moda das denúncias que grassa no Brasil pega por cá...

SHAME

A arrogância do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Carneiro Jacinto, quando questionado sobre a falta de apoio da embaixada em Londres a um grupo de escoteiros retido no aeroporto por causa da greve do pessoal de terra da British Airways: "Este ministério ainda não é uma agência de viagens!"
Pois. É o mesmo ministério que esperou que as embaixadas de Espanha e França cuidassem dos cidadãos portugueses vítimas do tsunami de Dezembro passado porque, provavelmente "este ministério ainda não é a santa casa da misericórdia"

SHAME

Hoje, depois de ler as inacreditáveis justificações para a escolha do licenciado Vara para a administração da CGD dadas pelo ministro das Finanças em entrevista ao Semanário Económico e de saber que 3000 cidadãos endossaram a candidatura da (licenciada também?) Felgueiras à câmara homónima sinto muita vergonha de ser português.

IT'S THE ECONOMICS STUPID!

- Substituam-se os quilómetros quase inúteis da nova linha de TCV Lisboa-Porto pelo equivalente em euros de centrais eólicas, solares e de maré;

- Mude-se a legislação para que não sejam precisos em média 9 anos para fazer aprovar e construir cada uma dessas centrais: mande-se a prudência à merda e reveja-se a legislação - dê-se a capacidade e a responsabilidade aos particulares de executarem sem erros.

BREVE

Responderam-me que o primeiro-ministro está no Quénia.

Suspeito que em viagem de trabalho para perceber porque é que a floresta queniana não arde tanto quanto a portuguesa.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XV)

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Trento, sim, Castelo de Buonconsiglio. Qual a admiração? Se lemos influências venezianas em Lisboa, porque não as veríamos aqui, a menos de duzentos quilómetros da Sereníssima?

agosto 09, 2005

INCÊNDIOS

Um dos problemas que enfrentam as florestas portuguesas e que constitui um dos maiores obstáculos tanto para a sua manutenção quanto para o seu reodenamento, é o da sua extrema dispersão em pequenos lotes e o da dificuldade em identificar e encontrar os seus múltiplos proprietários.

Para grandes males não parece haver outra solução que não seja o dos grandes remédios. Porque não copiar os mestres Pombal e Duarte Pacheco e recorrer a medidas drásticas? Conceder 6 meses aos proprietários para comprovarem a posse dos terrenos (e assim se faria rapidamento o recadastro das zonas florestais); Dar como irreclamados os restantes terrenos e fazê-los retornar à posse do Estado; Comprar o que tem de ser comprado, exigir a manutenção do demais.

Choca? Impressiona? Não impressiona muito mais o actual estado das coisas?

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XIV)

INCÊNDIOS

Nos jornais que fui tendo oportunidade de ler durante a viagem, referências de Portugal só as pude ler por conta dos incêndios que por cá lavraram (e ainda continuam). No Figaro de 28 de Julho (e se não foi neste dia, foi por ali perto; confesso que me esqueci de escrever a data no recorte) o "enviado especial" a Vila de Rei, Stéphane Kovacs, escreve:

"(...) sem que nada mude, neste país "habituado" a ver assim desaparecer, em média, cerca de 90.000 hectares de floresta por ano (...)"

Habituado. Sim, como habituados estamos a ouvir "(...) (o novo ministro do Interior, António Costa) garantir aos bombeiros "um equipamento para todo o ano" como uma "alta prioridade" ou "(que) o problema estará "resolvido no próximo ano"". Qualquer que seja o ministro, qualquer que seja a côr política do governo.

A extraordinária desfaçatez com que os responsáveis atiram as culpas para os outros, a despreocupação com que encararam a seca que por aqui grassa desde o princípio do ano, a incompetência com que (não) resolveram os problemas. Os políticos são beras mas os serviços... por onde andam os técnicos das secretarias e direcções-gerais? A encolher os ombros porque as chefias não os deixam fazer nada? Porque não é da sua responsabilidade? Porque não há meios? Porque não lhes pagam para isso?

AUSÊNCIAS

MAS AFINAL ONDE É QUE ESTÁ
O PRIMEIRO-MINISTRO?

(Não me digam que já anda pelo estrangeiro em contactos para o próximo emprego...)

agosto 08, 2005

MOMENTOS QUE NOS ENTERNECEM DE FELICIDADE (XIII)

José Mourinho, num anúncio já não sei a que produto:
"Se não fosse para ganhar, eu não estaria aqui."

E se eu não tivesse um ordenado não era um profissional.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XIII)

SUSA

Não deixa de ser irónica a circunstância de ser uma religião que tanto abomina a presença da carnalidade a patrocionar o recurso a patentes símbolos fálicos para assinalar a presença de lugares de culto Junte-se a isto a pretérita e pessoal interpretação italiana do "altius, fortius" latino - da qual a expressão maior se encontra em San Gimignano - e temos como norma a presença de não sei quantas torres em qualquer cidade italiana, por mais pequena que seja a sua pujança actual.

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Susa não é excepção (sendo excepção, de que teria servido esta introdução?). Dormitando sob o estival calor, oferecia as suas torres, o seu arco triunfal augustiano, as suas fontes. Sim, as fontes tornavam-se no mais notável. Sendo "estival calor" a palavra-chave do dia.

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agosto 06, 2005

ESPESSO DE HOJE

Notícia pequenina, de última página, do jornal de Balsemão: o crédito às pequenas e médias empresas vai ser drasticamente reduzido, o crédito ao consumo de particulares ligeiramente apertado.

Ou o jornalista trocou as coisas ou isto não é mesmo um país em crise.

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XII)

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Lugares como este lago são paradigmas de férias lazerentas. Pegar no carro e atravessar meio país, desembocar no hotel do costume, com vista para o espelho de água e passar quinze dias entre windsurf pela manhã, sesta à tarde e uma gloriosa ceia no velho restaurante fabuloso que a experiência das férias passadas recomenda seguida de um serão de conversas e amigos.

Utopia, portanto.

MIRAGENS

Agora que tenho a âncora do lar mesmo aqui à mão e já não me habitam as incertezas do resto da viagem nem o espaço reduzido do porta-bagagens, é que me apetecia comprar metade de tudo o que se oferecia para venda nos mercados franceses que atravessei.

Não haverá aí um comboio da REFER que me leve a um desses apeadeiros numa viagenzinha suburbana de meia-hora?

agosto 05, 2005

TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

1. Um novo aeroporto justifica-se pela cupidez dos promotores imobiliários que querem ocupar o espaço da Portela, mormente a SGAL, dona da "Alta de Lisboa" implantada na vizinhança daquela.

2. A localização do novo aeroporto na Ota justifica-se pela elevada percentagem de terrenos que são pertença de um dos maiores grupos económicos portugueses, de quem o ministro da Economia foi funcionário até à sua ida para o Governo.

3. A insistência em grandes projectos de obras públicas pode igualmente justificar-se pelas ligações de membros do Governo a grandes empresas de projecto e consultoria.

4. Axioma utilizável: quanto maiores as empreitadas, maiores as luvas a recolher.

FOGO

Incêndios? Porque é que não enviam os novos submarinos para os combater?

agosto 04, 2005

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XI)

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Aix. Há um guia da cidade que associa as cores dos campos provençais à gastronomia local, terroir ou nouvelle. Há, aliás, inúmeros guias a repeti-lo. Lugar comum que seja, não deixa de ser verdade, apenas se torna inutilizável. Não sei como mais descrever o fascínio dos mercados, a constante redescoberta de cheiros e aromas, a aprendizagem dos gestos e das aproximações, dos relacionamentos e das cumplicidades.


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O maior mercado de Aix é o que se espalha à volta da igreja da Madeleine . Tem as suas contrariedades - a império da fancaria oriental já alastra pelas bancas periféricas, o bricabraque turístico pressiona, talvez seja mesmo precisa uma bonacheirosa latitude para aceitar como provençal a introdução de caris, mas sabe tão bem esgotar uma manhã de sábado a derivar e a imaginar todos os deliciosos dejeneur sur l'herbe que poderiam ser habitados pela tanta coisa em oferta!


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agosto 03, 2005

E PRONTO

Já voltei. Mas terei voltado ao mesmo local de onde parti?
É que a primeira coisa que ouvi no primeiro noticiário que consegui sintonizar a passar de Elvas foi a notícia da mais que provável candidatura de Soares à presidência...
Mário Soares? De certeza que não é João Soares? (Pergunto-me qual das opções seria a menos descabida de conceber...)