outubro 23, 2003

ARQUITECTURA 2 (a propósito do mais recente projecto de Frank Gehry)

Post arquitectónico não necessariamente ortodoxo

Num mundo saturado de imagens, sedento de referentes visuais, embriagado de signos, "boa arquitectura" não significa necessariamente tudo sacrificar no altar da forma - a arquitectura utilizável não precisa do show-off. Mas a arquitectura fruível sim.

Não me pronunciando sobre a organização interior dos espaços, a sua distribuição, a lógica dos mesmos, a banalidade ou exequibilidade ou racionalidade dos percursos possíveis, a interactividade e as cumplicidades geradas entre edifício e utilizadores porque o não visitei, apenas quero deixar algumas sugestões para o olhar exterior:

- Será que o fascínio que se sente pelos edifícios da mais recente obra de Gehry começa na voluptuosidade das curvas?

- É a diferença no tratamento dos volumes?

- A aparente aleatoriedade do traço, uma sensorialidade que se parece sobrepor à racionalidade?

- A utilização de materiais incomuns que subverte as expectativas do espectador no que considera ser o estabelecido?

- A insustentável leveza do construído?

- O feérico, o lúdico, o lado infantil que se introduz no mundo adulto?


Para ver

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