Ouvi a "ameaça" há mais de um ano feita por um responsável das Finanças e achei que, apesar do posto importante ocupado pelo senhor, não passava de esperança retórica, própria de um manga-de-alpaca sequioso de mais receita, sem hipótese de passar no crivo político do seu ministério ou, em último caso, na análise do conselho de ministros.
Enganei-me.
Este é mais um degrau descido a caminho da amoralidade estatal. Uma actividade pode ser ilegal à vontade, mas lá deixar de pagar o seu impostozinho, isso é que não!. Tu, que já me vais conhecendo, explica-me, desmente-me, convence-me da bondade da coisa. O Estado que proíbe a existência é o mesmo que, tacitamente a aceita?
Mas uma esperança se mantém: será que isto afinal é uma magistral armaldilha para apanhar profissionais "ilegais"? Estou a imaginar um diácono Remédios sentado à sua secretária, a dizer, "Bom, meus filhos, este ano extorquisteis muito dinheiro aos vossos clientes... taxa de 40%... passem lá os chequezinhos ... e agora ide... ide... falar com aqueles dois senhores de preto com umas algemas na mão que querem muito falar convosco!"
Sem comentários:
Enviar um comentário