outubro 27, 2003

SLOW FOOD

Desde que o Expresso me fez o favor de publicar um livro de Montalbán em regime de episódios no distante Verão de noventa e tal, tenho estado fascinado por essa personagem fantástica, Pepe Carvalho. Não tanto pelos seus dotes investigatórios, o seu passado contraditório, os seus amigos extra-ordinários, a sua cidade. Não, o que me fascina e sempre invejei ao autor é a cultura gastronómica, a forma como organiza a sua vida à volta de um revuelto, uma tortilla, um guiso, um vinho profundo de uma adega desconhecida.

Terá sido talvez o último de uma longa série de impulsos para me apaixonar pelo que sabe bem, pelo que é genuíno e nos chegou legado pelo passar das idades do homem e da terra.

Em Itália, começou esse movimento em direcção às raízes que, muito apropriadamente, se crismou Slow Food. Visitei hoje o seu site, coisa que não fazia desde o ano passado. Parece uma corporação. Espero que não globalize.
Slow food

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