...o meu constipou-se de uma tal maneira que entupiu o canal do Explorer. Fartei-me de telefonar a amigos, conhecidos, especialistas mais ou menos sérios, especialistas da treta como este teu amigo, ignorantes, meros utilizadores. Todos se desmanchavam a rir quando eu lhes falava do programa que "arranca sem arrancar - não aparece nada no ecran e quando faço ctrl+alt+del lá está ele muito não funcional". Tive manifestações de solidariedade, pois tive, tão incapazes de adiantar soluções como a dos outros mas, pelo menos, momentos de simpatia que me deixavam mais bem-disposto, para logo de seguida cair na mais profunda irritação por não haver aspirina, antibiótico ou supositório que lhe enfiasse que desse resultado.
"É vírus", diziam todos, olha que resposta mais óbvia de se dar. "Mas qual vírus, se tenho o anti-vírus a funcionar e a avaria é selectiva, só dá neste?". Reinstalei o programa, desinstalei, verifiquei a memória, apaguei metade dos programas supérfluos, apaguei programas que me vão fazer falta qualquer dia, actualizei o anti-vírus, desliguei/liguei uma infinidade de vezes, rangi os dentes, rezei, implorei, cocei o couro cabeludo, chamei-lhe mil nomes, a ele, à fábrica que o pariu, aos americanos, japoneses, europeus, asiáticos e toda a clique mundial que inventou a informática para nos levar ao céu e depois nos deixar cair - nada.
De repente, a luz. Encontrei, no meio dos programas activos, prontos a ser desinstalados, um tal N-Case que eu julgava morto e enterrado desde o dia anterior. "Por aqui ainda?" Zumbas - delete. Fez-se rogado, pediu uma ligação urgente à internet, fiquei sem saber se se ia embora ou não.
Experimentei o Explorer outra vez. Funcionou. Oh alegria! Oh felicidade! Não era vírus era bactéria!
(E já agora: se me souberes dizer quem é esta coisa n-case que só sabe criar conflitos, agradeço um mail. É que, assim que religo o pc, lá vem ela, insidiosa, refazer-se no meu espaço para mo entupir outra vez. E não se pode exterminá-la?)
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