janeiro 12, 2004

CARRILHO POUCA-TERRA

Se a pretensão de Carrilho, lançada neste fim-de-semana, de ser candidato a candidato à Câmara de Lisboa é séria, o seu arranque parece a partida das locomotivas a vapôr: um rodar inicial sem sair do mesmo sítio, seguido de um "pouca-terra-pouca-terra", muito pachorrento.

Só ouvi banalidades (confesso que enjoei a meio e mudei de posto): parece que a principal justificação é fazer melhor do que PSL. Mas como é fazer melhor? É não fazer o túnel do Marquês? Como se dá qualidade de vida aos lisboetas? Que soluções para a cidade? Que futuro para os bairros históricos para os bairros periféricos? Como combater a erosão da população? Que estratégias de interligação com os restantes concelhos da Grande Lisboa? Que solução de longo prazo para o S. Jorge e para os inúmeros teatros municipais? Nada. Zero. Só generalidades inócuas. Dir-me-ás que isto é uma primeira abordagem. Que um presidente tem de ser, principalmente um bom gestor de ideias e pessoas... Tretas. Quem não tem ideias arrisca-se a apostar nas ideias erradas - como se vê, no presente, com PSL.

O raciocínio que aparece subjacente a esta movimentação, por enquanto parece ser só este: tu és janota mas eu sou mais janota, tu apareces nas revistas mas eu apareço mais, tu tens mulheres giras mas a minha é mais gira, logo tu és presidente da câmara mas eu vou ser melhor.

Bah.

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