Interessante e fundamental a discussão que se estabeleceu na Suécia à volta da exposição de uma peça considerada polémica pelos israelitas e sem intenções panfletárias (ou pelo menos encomiásticas) do seu autor (ver história aqui).
Os suecos, irrepreensíveis na sua posição de separação de poderes, liberdade de expressão e responsabilização das instituições, mantêm, calmos, a sua posição perante a gritaria totalitária israelita.
Ora, neste caso fundamental não é a questão: até que ponto deve permitir-se a liberdade de expressão a quem defende o genocídio. Aqui, o que se discute é quem decide as intenções de um artista: ele próprio ou os seus espectadores? Nesta posição histérica israelita (repito - o artista nega publicamente intenções encomiásticas; a obra chama-se "Branca de Neve e a Loucura da verdade") (como em muitas outras) não está o germe de pensamento totalitário do seus antigos assassinos? Estou a lembrar-me da exposição de "arte degenerada", da queima de livros... Não me respondam com os seis milhões de mortos. Estou a falar de princípios não estou a falar de fins. (E não me chamem nomes: a barbárie nazi é uma enormidade sem perdão. E começou com a lenta tomada dos princípios, das ideias, dos valores, pelos nacionais-socialistas).
Sem comentários:
Enviar um comentário