De cada vez que uma manif corta o trânsito em Lisboa, de cada vez que o largo da Assembleia da República fica cheio, de cada vez que uma tribo ululante afina num coro de assobios - a esquerda rejubila. Triste alegria.
É pena que os democratas entre os democratas neguem a essência da democracia que ajudaram a criar: um governo é eleito para fazer o que acha que tem a fazer durante o tempo para o qual foi eleito; as eleições posteriores servem para traduzir o apoio ou o repúdio a essa mesma actuação.
Um governo que navega ao sabor dos ventos tentando evitar antipatias, dá no pântano que já conhecemos, com as consequências actuais.
Tudo isto é tão óbvio que me pergunto: porque é que o estou a escrever? Talvez porque já vi tanto escrito que deixava subentendida a desatenção dos seus autores.
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