Aquilo que era uma probabilidade aquando do anúncio do final das hostilidades, tornou-se agora uma certeza: Portugal vai mandar elementos de uma polícia civil para uma zona de guerra.
Porquê esta "ansiedade" à volta da declaração do Governo comentando o ataque desta manhã ao quartel das forças italianas? Não existe um comprometimento internacional no seu envio? Vamos, novamente adiar o seu envio? O que terá custos maiores - o risco de vida que o destacamento correrá com as mais que prováveis baixas ou o desfazer do acordo com o amigo americano?
O que acaba por ser - irónico? trágico? - nesta história é o facto do Governo ter optado por enviar um corpo de polícia para se furtar à obrigatória ratificação pelo Presidente da República, o qual se manifestou desde sempre contrário à invasão do país e ao apoio à mesma que o governo entendeu dar. Mais irónico, trágico, é poder pensar-se que, face à última decisão da ONU, o Presidente provavelmente não se oporia no presente ao envio de um contigente militar, esse sim melhor preparado para um cenário de guerra.
Penso em La Lys e pergunto-me: a história repete-se?
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