novembro 23, 2003

CULTURA GERAL

O ruído sobre a má-formação escolar das novas gerações está tão ensurdecer que acho que já ninguém se consegue ouvir a pensar. O Francisco José Viegas deu o mote aos blognonautas ao comentar (mais) uma nova proposta do Professor Freitas do Amaral: a intridução de uma disciplina de "Cultura Geral" no secundário.

Eu acho que a maior parte dos "bitaitadores" que, mais ou menos seriamente, mais ou menos reflectidamente, apresentam novas propostas para a reforma do ensino ou já se esqueceram da sua juventude, ou se esqueceram de acompanhar a juventude dos seus filhos adolescentes ou estão demasiadamente intoxicados pelas teorias que tiveram de decorar para obter a licenciatura. Ou estão demasiadamente intoxicados.

Vou, mais uma vez, tentar ser radical (e posso sê-lo à vontade porque, pelo silêncio que me rodeia, ou estou a escrever para mim mesmo ou toda a gente concorda comigo).

Proponho vários passos atrás para dar um passo à frente : meia dúzia de disciplinas básicas, dadas com tempo e capacidade: Matemática, Português (com a inclusão, desde o 5º ano, de textos literários "clássicos" - escritos até 50 anos antes), História, Inglês, Ciências Naturais/Geografia, Física/Química, Arte, no horário da manhã. À tarde, Desporto/Educação Física, uma opção "cultural" (Teatro, Poesia, Culinária, Poesia, Desenho/Pintura/Escultura), uma opção de "cidadania" (Religião, Educação Cívica, Tarefas de apoio às populações) e um período de estudo.

"Educação Tecnológica"? "Área de Projecto"? "Estudo acompanhado"? Punha-as num saco.

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