(...)
Se entendermos um objecto artístico como algo com origem numa vontade consciente e única de criação e fruto de um acto único no tempo, não. A cidade constroi-se diacronicamente, num acto contínuo de elaboração, fundado em múltiplas vontades, em dispesas vontades, reflexo de visões, sentires e pensares muitas vezes opostos. Esta a posição de historiadores como Chueca Goitia para quem - com excepção de pequenas unidades de espaço -, à cidade falta a unidade e a coerência intrínsecas a uma obra de arte.
Na outra ponta, está gente como Argan, que considera que a cidade, sendo o berço da Arte é, forçosamente, toda a Arte. Síntese e génese, a cidade é, de per si, o objecto artístico por excelência.
(...)
Papeis dispersos. Mensagens em garrafas.
Sem comentários:
Enviar um comentário