Ora muito bem. Devo dizer que não acredito na exequibilidade dos prazos anunciados mas os atrasos que surgirão não me preocupam por aí além. Desde que tenhamos alta velocidade, o resto é questão de pormenor (caro, mas pormenor a longo prazo). A alta velocidade permitirá uma concorrência interesante com o avião, permitirá oferecer um serviço semelhante menos poluente, permitirá viagens mais confortáveis (há mais espaço para as pernas, há mais sítio para passear durante a viagem, há mais paisagem para ver, há menos dores de ouvidos, há menos stress, há menos barulho).
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Mas o que acabo de escrever é irrelevante para o propósito desta série de posts. Estou mais interessado em escrever sobre o passado. Os museus da CP abandonados pelo país (e é uma dôr visitá-los, ver um material tão fascinante, tão cenograficamente deslumbrante, tão evocador de outros tempos, assim tão maltratado), as poucas viagens possíveis hoje em dia em locomotivas a vapor. As linhas que foram fechando. As estações, os seus azulejos, os mimosos jardins cuidadosamente mantidos pelos chefes da estação. E também as grandes máquinas, as grandes viagens, os grandes horizontes.
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