fevereiro 02, 2004

REBOQUE TURNS GOURMET (I)

Se há momentos que recrio com felicidade sempre que a oportunidade permite, o reunir amigos para uma conversa longa com o pretexto de saborear um patê acabado de sair do forno é um dos meus favoritos. Pressupostos únicos: um amor ilimitado aos sabores da vida e as conversas conseguirem ultrapassar os traumas futebolísticos da semana anterior e seguirem consentâneas com a religiosidade que a ocasião exige - um patê confeccionado em casa é um patê do coração.

Disponham-se assim os convivas à volta de uma mesa com a terrina no centro; rodeie-se a mesma com garrafas de tinto encorpado, profundo, quente e untuoso; alternem-se as ditas com cestas de pão alentejano, maciço, tenro, cheiroso, de crosta estaladiça; encham-se malgas com azeitona bical e pratinhos com queijo fresco (mozzarella de búfala acabadinho de chegar do produtor seria pedir muito para este país). E passe-se o dia e a noite em orgiástico festim.

PÂTÉ: 1/2 kg de fígado de porco; 250 gr de toucinho (só a parte branca); 2 cebolas médias
Passar tudo pela máquina de moer. Derreter 80 gr de manteiga, juntar 150 gr de farinha e 1/2 l de leite. Acrescentar 2 ovos, 2 colheres de chá de sal, 1 colher de chá de pimenta, o picado, 1 cubo de caldo de carne, noz moscada, 1 colher de chá de pimenta preta em grão. Bater com a varinha eléctrica, juntar 2 colheres de chá de pimenta verde em grão. Cozer em forno quente durante 1 hora.

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