Acabo de ler um artigo (ou será uma local?) no Público sobre o arranque das empreitadas de reabilitação de edifícios nas zonas históricas.
Vários reparos às ditas:
- Mais uma vez se cuida da cosmética (se era assim no tempo do PCP no poder, muito mais é agora, no tempo da prevalência da imagem sobre a eficácia) esquecendo a resolução dos problemas de fundo que os edifícios apresentam: o objectivo é reabilitar fachadas e não estruturas;
- Ou muito se mudou nas últimas semanas, ou a mega-empreitada de Alfama é uma confusão legal cujo final - se o Dr. José Sá Fernades se quiser entreter com mais uma acção popular - será igual ao do túnel do Marquês: promove-se uma empreitada de trabalhos diversos baseada em nenhum projecto cujo objectivo é recuperar edifícios (presumo que os projectos ficarão a cargo do empreiteiro o que deixa uma interrogação acerca da aprovação dos mesmos: quando será feita? Antes, durante ou depois da obra?);
- Se, como é anunciado, não haverá encargos para os proprietários, qual é o enquadramento legal das obras? Coercivas não porque estas obrigam ao seu ressarcimento pelo proprietário. RECRIA? Outro? Nenhum?
É o que dá querer mostrar obra sem dominar o assunto.
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