Na sua actividade frenética de anunciar medidas dispersas que tarde, nunca ou mal se concretizam, despachou agora a Câmara Municipal de Lisboa para as redacções dos jornais a sua intenção de apresentar para a semana a candidatura da Baixa Pombalina a Património Cultural da Humanidade (assunto por demais debatido na Baixa Pombalina desde há uns meses).
Para além do óbvio alcance mediático, não sei que bem poderá vir dessa classificação - se é que a UNESCO vai levar a sério a intenção protectora da CML -, uma vez que, até agora, não vislumbrei, por parte da autarquia, um fio de pensamento condutor, uma visão global dos problemas e das soluções e - o mais importante de tudo - uma ideia para o futuro da Baixa.
Esta candidatura parece a política económica do Governo: trata-se do pavimento da estrada sem se saber para onde é que ela se dirige. Acaba-se por se ficar parado no meio do deserto sem gasolina e sem bomba para abastecer à vista.
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