março 04, 2004
LISBOA, NOVEMBRO DE 2015
[Dos jornais]
Segunda catástrofe em Lisboa no presente século, depois do incêndio da Baixa/Alfama.
Engrossado pelos caudais pluviais provenientes da parte alta da cidade a que se juntaram as muitas toneladas de terra arrastadas pelas chuvas caídas sobre a colina de Monsanto onde recentemente havia terminado o abate das poucas árvores existentes após a conclusão da execução das empreitadas contidas nos vários planos de pormenor elaborados pela autarquia (Luna Parque Sant'Ana XXI, Esplanada dos Ministérios, Aldeia Olímpica, Bairros Camarários para Realojamento das populações da ex-zona histórica da Baixa/Alfama destruída no incêndio de 2005, recinto ferial para o ROCK DO TIO 2016), o canalletto de Alcântara (como foi baptizado pelos seus promotores, ainda que a população se lhe refira carinhosamente como o CANEIRO) transbordou e inundou toda a zona junto ao rio, de Belém a Santa Apolónia.
A presente fotografia, tirada na zona da avenida 24 de Julho, entre a avenida D. Carlos I e o antigo mercado da Ribeira (em obras de adaptação para constituir o polo III do Casino de Lisboa, designado Ho-Ho-Ho) mostra o nível atingido pelas águas. Em segundo plano, a emblemática torre inspirada no ante-projecto que Sir Norman Foster apresentou em 2004 e que foi reformulada por exigência dos serviços camarários da altura (uma vez que o despacho de aprovação do Presidente tinha sido "aprove-se desde que se mantenha a correspondência com a torre da praça de S.Marcos") e alguns dos prédios construídos posteriormente no âmbito da "Exposição Nacional Veneza em Lisboa". Em primeiro plano, vêem-se algumas das estacas que iriam servir de fundação à ponte Rialto, projecto entretanto abandonado por nunca promotores e a autarquia se terem conseguido entender quanto à sua localização.
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