Oiço uma notícia na TSF à volta da possibilidade de encerramento da Bombardier, das promessas do ministro, do desmentido das promessas do ministro feito pelo porta-voz da empresa, das promessas de compra pela Siemens, do desmentido das promessas da Siemens feito pelo porta-voz da empresa. Em resumo: morte anunciada para a que foi um dia conhecida como Sorefame.
Interrogo-me: se a empresa hoje não tem viabilidade, porque é que a compraram há uns anos, quando o mercado-alvo não seria tão diferente do de hoje? Haverá explicações mais tecnicamente suportadas, mais macroeconómicas, mais alicerçadas nos tão referidos tempos de crise mas, singela, surge-me esta: é sempre bom comprar uma empresa concorrente, pagá-la com as encomendas em carteira e fechá-la quando estas acabarem - sempre se afunda mais um porta-aviões no cartão da concorrência.
Com mais exemplos a comprová-lo, esta deveria ser uma boa história para o Governo reflectir, quando aceita sem restrições a venda ao capital estrangeiro de empresas de dimensão considerável e posição estratégica relevante e quando coloca como primeiro objectivo económico o apoio ao investimento estrangeiro em Portugal.
Cavalos de Troia.
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