
Ao lado da Cinemateca, esta forma "complexa", filha dilecta da situação de compromisso vigente em Lisboa desde há vinte anos, espécie de "entente cordiale" que nem é carne nem peixe, entre autarquia e promotores: uma fachada "preservada" num edifício totalmente novo, diferente no uso e no pensamento arquitectónico.
Porquê preservar esta fachada se tudo o mais se foi? Faz sentido? Que memória abortada é esta que se pretende preservar? Para além de uma declaração de falência intelectual e da autoridade do Estado de manter o que entende dever ser mantido, o que mais é este edifício com parte de uma fachada que não tem nada a ver com o tempo da sua construção?
(Como apêndice, muito gostaria de ver o seu comportamento num sismo de boa intensidade. Com a parte superior toda em betão - lajes e paredes, um batólito sobre outro batólito, um de cada material - aposto que daria um bom "case study")
Sem comentários:
Enviar um comentário