Tem um longo relvado, cravejado das inúmeras chuteiras que o invadem ao fim-de-semana; um bosque, onde o barulho da urbe chega filtrado, onde se joga uma quase possível ficção de floresta;
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um lago, com arredondados cantos, rodeado de edifícios semi-construídos e invadidos por caridosas heras.
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Tem também prédios menores, prédios de subúrbio, que espreitam por cima dos muros. Tem reformados, claro. Sentados nas tristes mesas de reformados que a autoridade espalhou pelos jardins de Lisboa e - muitos -, à volta dessas mesas onde se jogam inevitáveis biscas.
E, coisa rara - coisa esquecida - tem um Botero escondido atrás de uma vedação, produto concerteza da troca comercial que possibilitou a exposição do Terreiro do Paço há uns anos. Desinteresse de João Soares ou mais uma marca do desprezo de Pedro Santana Lopes perante os actos de seu antecessor?
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(Sugestão: dadas as afinidades de gosto com as opções teóricas provenientes do lado PCP da ex-coligação que PSL tem demonstrado nos últimos 2 anos, não haverá ninguém da EPUL que sugira a uma das tias da vereação que a escultura foi uma iniciativa do PC chumbada por JS e que merecia uma colocação em praça pública?)
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