Queria eu ter tecido um post pomposo de palavras e adjectivos quando, no mês passado, lá usei um feriado em suave flananço. Falhou-me o encadeamento das palavras e a vontade foi esmaecendo, um pouco como os fins de tarde que se vivem por lá, calmos, tranquilos, suaves encantamentos. Mas o Manel disse quase tudo.
Se em Alfama nos sentimos estrangeiros, estranhos naquele mundo que é português mas já não é o nosso, se em Benfica sentimos toda aquela aglomeração de "coisas" como estrangeira, em Campo de Ourique sentimos que vivemos por dentro a que deveria ser usual experiência citadina. Ainda está tudo no lugar - as lojas, as habitações, os escritórios. Tudo funciona para todos. A arquitectura é uma montra dos últimos duzentos anos em sedimentações prolongadas, à maneira de um vinho que vai envelhecendo sem perder dignidade: umas qualidades se vão, outras se ganham.
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Campo de Ourique é um estado de alma. É uma paz de alma.
Já agora, o Magano tem um cozinha alentejana de estalo e para quem gosta de gatos, a loja da fotografia.
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