junho 08, 2004
TOLICES
Tanto as câmaras quanto o IPPAR ainda não perderam este tique provinciano de obrigar a que se mantenham fachadas quando toda a restante arquitectura se desvaneceu. Que interesse tem uma fachada encastrada num edifício que lhe é alheio? Que memória é esta que se pretende preservar? O passado morreu, a arquitectura foi-se, mantém-se um aborto e regista-se uma falsidade. Se se pretende preservar arquitectura que se mantenha o edifício na sua totalidade. Isto é uma bacorice. Ainda mais em edifícios comuns, sem características que os distingam. Há um prazer deliberado, por parte de quem tem o poder de mandar, em fazer desperdiçar dinheiro.
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