Paris - como aparentemente todo o mundo ocidental - globalizou-se. As lojas são cada vez mais iguais, as caras são, na sua heterogeneidade, cada vez menos particulares. Um parisiense típico é tão incaracterístico como um lisboeta, um londrino, um berlinense. Melhor dito: os sinais, existindo, existem cada vez menos à superfície. E para quem vem na esperança de flanar pela diferença este encontro com o que, à superfície, parece igual, é um choque que demora a digerir.
O Metro continua albergue de músicos, músicos cansados, deprimidos na sua maioria, deprimentes, membros de uma loja secreta de mendigos (lembrei-me da organização de "M"). As pessoas olham pelas janelas, poucas contribuem, há um sentimento geral de vergonha. Tocar no Metro deixou de ser um trabalho em part-time para ser um peditório profissional em full-time.
1 comentário:
para encontrares diferenças, tens de viajar mais longe.
Enviar um comentário