Pacheco Pereira usa as armas que tem à mão no combate de forças desproporcionadas no interior do PSD.
Quero só acrescentar algumas considerações aos exemplos que vai buscar à governação da Câmara de Lisboa para demonstrar o que poderão ser os resultados da via populista de PSL.
Sendo a tomada de decisões errada e baseada numa análise primária da sensibilidade reinante no eleitorado (ou na audiência), ela poderia ser mitigada pela escolha de um staff de apoio - vereadores, assessores, chefes de gabinete, directores municipais - com competência suficiente para indicar escolhos e perigos, soluções exequíveis ou resoluções disparatadas. Infelizmente - e por causa dessa mesma visão imediatista e "espectacular" - o que se verificou na CML foi o inverso. Os assessores são yes-men partidários sem currículo profissional relevante nem experiência suficiente para opinar de modo competente sobre os assuntos respectivos, os vereadores políticos carreiristas de segunda linha com uma carreira feita à sombra de nomeações partidárias ou com habilitações completamente inadequadas para as áreas que tutelam (e a excepção, Carmona Rodrigues, acabou chutada para o Governo), os directores municipais que não transitaram da presidência de João Soares (na qual também sobreviviam personagens só compreensíveis pelas curtas vistas partidárias da coligação), escolhas incompreensíveis tecnicamente mas de fotogenia assegurada nas fotos de propaganda.
Ora a repetirem-se estes critérios - e nada indica que não se repitam - na escolha de um Governo, será de prever que à festa despesista do último Governo Guterres lhe suceda um executivo Sempre em Festa de muita propanda e poucos resultados, precisamente o que o PSD de (Durão) Barroso anunciou combater (com resultados dúbios é certo) nos dois anos da sua sobrevivência.
(*) Citando Pacheco Pereira
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