Ainda bem que existem estas pantominas semanais para nos aliviar um pouco das preocupações nacionais.
Como seria previsível, Marcelo Rebelo de Sousa - na sua segunda missa pós-demissão - partiu para além da loiça toda, as porcelanas e os cristais, tendo ainda tempo para ridicularizar o copeiro (Rui Gomes da Silva).
Mas, ainda que tivesse alguma piada o ar desencontrado de Paes do Amaral (ainda amigo?), em declarações justificativas ao jornal da TVI, o ridículo da semana fica a cargo dos vários elementos da maioria incitados a comentar as notas do professor:
- Guilherme Silva - como o cientista que concluía que uma mosca sem asas não ouve -, impante, congratula-se por, finalmente, se ter provado não terem existido pressões políticas, só económicas - é seu o dirreito à iluminação;
- O ministro Silva, ensaia um ar firme e retira-se, abrupto, face a perguntas impertinentes dos jornalistas - é seu o direito à indignação;
- O porta-voz do PP assegura que o seu partido não tem nada a ver com isso - é seu o direito à negação;
- Já o primeiro-ministro ensaia uma pose de Estado e, à falta de melhores ideias do seu centro de comunicadores, fica calado - é seu o direito à estagnação.
Será que Jorge Sampaio continua preocupado?
E Marcelo ri, e Marcelo ri...
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