Recentemente, um amigo viu ser-lhe chumbado um projecto de alterações para um edifício de sua propriedade situado numa zona cada vez mais apetecível da cidade, com base em razões puramente subjectivas e altamente discutíveis do ponto de vista técnico. Fosse este meu amigo um total leigo na matéria e a redacção da apreciação do projecto feita pelos técnicos camarários e respectivas chefias teria originado, no mínimo, umas horas de discussão tensa com os autores do projecto em torno da sua efectiva competência para executar projectos. Felizmente este não é o caso e as coisas lá foram resolvidas com alguns contorcionismos de desenho e concepção para acomodar as bizantinices do relatório camarário.
Tudo isto não acrescentaria nada à já longa e antiquíssima história das relações entre projectistas, as autarquias deste país e seus respectivos técnicos.
Novidade, novidade, é este meu amigo ter sido contactado, menos de uma semana depois do "chumbo", por alguém muito interessado em comprar-lhe o imóvel, supostamente um mono sem préstimo nem possibilidade de sofrer obras de aumento de área.
Coincidência, sem dúvida.
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