março 25, 2005

1/PRINCÍPIO DE PETER

Portugal, do alto da sua originalidade de país com as mais antigas fronteiras delimitadas do mundo, insiste em inverter um dos princípios mais universais que rege a vida das organizações: o princípio de Peter.
Com efeito, se cada vez parece mais consensual que toda a gente é promovida até à sua máxima incompetência, a carreira pública dos políticos portugueses mais ilustres encarrega-se de demonstrar precisamente o axioma inverso - só após um máximo de incompetência é que a verdadeira competência se manifesta.
Vejam-se os exemplos mais paradigmáticos:
- Mário Soares que, de primeiro-ministro razoavelmente incompetente, garante a promoção a Presidente da República;
- Jorge Sampaio que, de presidente da Câmara de Lisboa sofrível (compare-se a sua actuação com a do seu sucessor), garante igualmente a sua promoção ao mais alto cargo da República;
- Durão Barroso que, de primeiro-ministro falhado e fujão, obtém a sua promoção à presidência da Comissão Europeia;
- E agora António Guterres que, de primeiro-ministro mole e desistente, está na calha para alto-comissário da ONU para os Refugiados.

(E ainda falta conhecer-se o destino de Santana Lopes...)

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