Faço um desvio da estrada principal, em direcção a Cabeço de Vide. Orientar-me-à este masoquista destino português de contemplar um passado em ruínas? Li algures que a estação ferroviária local morre lentamente abandonada, possuidora de um dos mais característicos conjunto de paineis de azulejos das estações da CP.
Afinal os textos perdem actualidade, por uma vez pela positiva. A estação está toda recuperada para albergar uma pousada. E os azulejos brilham, na sua singeleza naif, retratos de um Portugal que, há muito, se quis assim idealizado. Não sei se chegou a ser. Sei que já não é.
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