Não sei se por uma conjugação desconhecida (pelo menos para mim) de forças naturais, se pela pouca concentração demográfica ajudar à sua preservação. Sei que, por todo o norte alentejano, residem expectantes dezenas de megalitos: menires, antas, cromeleques.
O menir da Meada é o maior menir da península. Perdido no meio de caminhos secundários, soberbo contempla os raros visitantes. Só nos pormenores diferirá a paisagem do tempo da sua erecção. Desde sempre a mesma humana atenção aos sentidos, a mesma fixação na procriação.
O menir causa respeito, impõe silêncio, recolhimento. Talvez nisso tenham mudado os tempos. O que então seria festa, pagânica celebração da vida, é substituído hoje por uma postura quase reverencial pelo passado e pelo engenho e arte que terão originado tal obra.
Mais uma vez, é a função que se perde e a arte que nasce. [De que falamos quando falamos de arte pré-histórica?]
[Aqui, um relato interessante acerca do povoamento pré-histórico na área da Pavia]
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