abril 20, 2005

A INQUISIÇÃO NO PODER (I)

Ainda tive um momento de esperança quando ouvi, via rádio, a voz do cardeal anunciar, após o "Habemus Papam!", "Domenicus Joseph..." - "é José, é José, pode ser português...!", para logo a seguir, em anti-climax, ouvir "... Ratzinger!"
Para além de ter sido a crónica de uma morte anunciada - a morte da esperança na renovação, numa surpresa de última hora que trouxesse a possibilidade de um Papa que continuasse a abertura da Igreja ao mundo e que invertesse o caminho de intransigência intra-muros aprofundado (ou continuado) por João Paulo II (afinal há Papabili que saiem Papas) - foi a confirmação de um Poder que me afasta (afastará?) se não definitivamente, pelo menos nos anos mais próximos, de uma casa que me considera - uma vez que não estou com ela - contra ela (e eis uma visão cristã que está nos antípodas da que eu defendo).

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