agosto 22, 2005

CADERNOS DE VIAGEM - TRANSEUROPA (XXII)

PROVENÇA

As viagens sem percursos pré-pagos têm inconvenientes que se podem tornar em vantagens. Perdermo-nos no mapa. Perdermo-nos do mapa. Seguir tabuletas informativas que pressupõem um conhecimento do local impossível para quem procura nelas precisamente "o" local. Cruzamentos, bifurcações, rotundas. Detestei grande parte da Provença que percorri. Demasiado suburbana. Demasiado comum. Demasiado alheia aos "pontos de interesse" assinalados nas brochuras.

E, de repente. Um caminho de montanha, uma torre de vigia da floresta como aquelas que se dizia ser indispensável em cada recanto da floresta profunda portuguesa, e uma igreja quase ermida. Perdida ou encontrada. Não sei.

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Mas uma igreja descoberta quase por acaso no cimo de uma montanha, rodeada de árvores é quase trivial para quem lê, é pouco menos que entusiasmante para quem a vê.

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Marcante é o monumento adjunto. Um pedaço de história que aconteceu realmente - não em filmes, não na televisão. Aqui. A duas gerações de distância, já em vida dos meus familiares mais próximos ainda vivos. Há pouco tempo. Sentir a ficção transformar-se em realidade (ainda que passada) não é todos os dias. Talvez tenha sido este o dia em que mais senti o fosso que separa o meu país do resto do mundo europeu.

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