LUCHON
Se já os últimos quilómetros de Espanha nos Pirinéus oferecem vistas que são um refrigério para os mortificados sentidos de um viajante que vem de atravessar toda a desolação de La Mancha e vizinhanças, com o impacto de picos que parecem prestes a desabar a centímetros, de florestas profundas e de cidades que parecem saídas do mais desolador conto de Dickens, os Pirinéus franceses são o endereço onde apetece parar e desistir do resto da viagem. Panoramas, florestas, lagos e cascatas, ribeiros gélidos à beira dos quais se torna imperativo degustar todas as tentações que gulosamente se coleccionam ao longo do dia... é fácil ser-se provinciano por aqui e manter uma perpétua e deleitada aprovação pelas inúmeras descobertas disponíveis mesmo à mão de semear.

Luchon altera a arquitectura burguesa de cidade termal com o cachet dos pequenos edifícios das ruas traseiras.





Luchon tem também um, inevitavelmente a visitar, mercado. Um mercado de rua (mais interessante) a rodear um mercado-edifício mais sensaborão. Que é a única coisa com pouco sabor de todo o local.



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