outubro 11, 2005

O VINCE FOI-SE

Ventos de 100 km/h atingem Portugal
Chuvas intensas, trovoadas e ventos com rajadas que poderão atingir os 100 quilómetros por hora (…)

Com um tempo de antena extensíssimo, o furacão anunciou-se. Janelas foram trancadas com especial precaução, vigílias encetadas pelos mais ansiosos, novenas pelos mais crentes. Em cada mãe extremosa, um nó na garganta e a lagrimita no canto do olho no beijo de despedida matinal ao filho estudante assinalaram a preocupação natural de quem, cultivado pelas notícias oficiais, aguardava para breve a transposição para o seu bairro das pungentes imagens de submersas ruas captadas em Nova Orleães.

Passou o dia. Exceptuando um dilúvio breve de cinco minutos à hora do almoço, da tempestade, nada. Que era agora apenas uma depressão, asseguraram os locutores radiofónicos, veiculando novo boletim oficial, menos grave mas ainda pujante para trazer ventos ameaçadores a estes pacíficos céus de Outouno mediterrânico.

Afinal, depressão só a habitual. A meterológica, evaporou-se com o ar que não nos deu.

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