outubro 03, 2005

LISBOA - AUTÁRQUICAS (VI)

Acabei de ouvir Maria José Nogueira Pinto (candidata do PP à presidência da CML, para quem não sabe...) afirmar - e muito bem - que já não é preciso construir mais habitação em Lisboa, antes reabilitar o parque edificado. Falou igualmente dos problemas de manutenção das infra-estruturas e da necessidade das mesmas serem permanentemente monotorizadas e reabilitadas quando necessário. Muito bem.

MAS

Atendendo a que a esmagadora maioria das receitas da Câmara vêm das taxas cobradas pelo licenciamento de novas construções e que, hoje em dia, a dívida da mesma aos fornecedores já bordeja os cem milhões de contos (500 milhões de euros) como é que a candidata se propõe conciliar as duas medidas? Simplificando: como se propõe arranjar dinheiro para as obras impedindo em simultâneo as obras que lhe dão dinheiro?

(NOTA: a pergunta é extensiva aos candidatos da esquerda, os quais defendem basicamente o mesmo. Já Carmona Rodrigues - veja-se o patrocínio dado, entre outros, ao loteamento da área ocupada pela Feira Popular - entende que ainda há espaço - e clientes - para muito mais construção)

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