julho 05, 2005

MOMENTOS QUE NOS ENTERNECEM DE FELICIDADE (X)

"Jardim rejeita imigrantes

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse no domingo à noite que é contra a entrada de imigrantes na ilha. No encerramento dos festejos na localidade de Santana, Jardim fez questão de criticar a abertura de Portugal a chineses, indianos e cidadãos da Europa de Leste.
Depois de terminadas as festas «24 horas a bailar», Alberto João Jardim afirmou que «Portugal já está sujeito à concorrência de países fora da Europa». Na sua opinião, «os chineses estão a entrar por aí dentro, os indianos a entrar por aí dentro e os países de Leste a fazer concorrência a Portugal». Ao seu estilo, questionou ainda: «Está-me a fazer sinal aí porquê? Que estão chineses aí? É mesmo bom que eles vejam porque não os quero aqui.»"



[in Expresso, edição electrónica]


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1 comentário:

Anónimo disse...

Diz Alberto João, o polémico Presidente do Governo Regional da “Ila”.
“Portugal já está sujeito à concorrência dos países fora da Europa». Na sua opinião, «os chineses estão a entrar por aí dentro, os indianos a entrar por aí dentro e os países de Leste a fazer concorrência a Portugal».
Isto já é um lugar comum. Todos sabemos que assim é, logo, quem se pode incomodar serão os responsáveis por esta situação. É a constatação que nos mostra o dia-a-dia. Se a coisa ficasse por aqui!
Mas não.

Alberto João, da “Ila”, quer convencer-nos que o eixo de rotação do Terreiro do Paço deverá passar pelo Curral das Freiras.

Então desata a dizer coisas que incomodam os do “ Contenente “ como estes tivessem alguma culpa que a “ Ila “ sofra do mal da insularidade. Aliás, ele habilmente sabe transformá-la em chorudos financiamentos. Destes nascem as obras públicas. Estas traduzem-se em votos. Aí está uma das razões da crónica escolha dos ilhéus. Votam sempre no Alberto.

Geograficamente está fisicamente afastado do Terreiro do Paço. Com um discurso politicamente correcto certamente não seria ouvido, então, pragueja, vocifera! E assim é mesmo ouvido.

Tem uma particular e visceral antipatia pelos senhores jornalistas do “ Contenente “. Envia recados sulfúricos a este da Rosa, ou magmáticos àquele da Laranja.

É telúrico. Ígneo. A sua linguagem é simples e rude mas todos os ilhéus o ouvem.
Os Açores já tem a fatalidade de estar em zona sísmica de alto risco. A Madeira não está. Mas é como se estivesse. Quando o Alberto João fala é quási sempre na escala 7 de Richter. As réplicas atingem invariávelmenete o Terreiro do Paço, Belém, o Rato, A Lapa, a Assembleia, etc ...

A obra que já fez na Madeira fala por si. Louvável a todos os níveis. Mas orgulhosamente só.

Quando fala, fá-lo sempre da mesma maneira. Sem rodeios, directo, mas politicamente no Jurássico. Deixa sempre as ilhargas expostas a ataques dos jornais do “ Contenente “. Que o fazem com apetite e sem dificuldade alguma.

E vem então o destempero, o excesso, a bojarda, o soltar-da-tampa, acabando por ser previsível, pela negativa, caindo naquilo que não é admissível para um homem com as suas responsabilidades em relação à Madeira, ao Partido e ao País.
O insulto.
Pensará Alberto João, que com uma folha de louros na cabeça, para incendiar Roma basta insultar o Senado?

Kalonge