Em crescendo, desde ontem:
- A insistência nas obras de regime que não são geradoras de riqueza (o novo aeroporto de Lisboa e uma ligação TGV Lisboa-Porto);
- A extinção do Ballett Gulbenkian (se o Estado-providência gasta o que tem e o que não tem em salários e segurança social, o Estado-Gulbenkian gasta tudo o que tem com os seus principescos funcionários adninistrativos);
- Os atentados em Londres.
Partir. Partir, a única solução.
1 comentário:
1ª Depressão - O novo aeroporto da Ota, a ligação da Estação do Oriente ao Aeroporto da Portela, a remodelação prevista para este, a ligação Lisboa-Porto por TGV são obras de regime. Estadutárias. Parangonáveis.
Com a agravante de se atropelarem entre si. Sabemos que os seus custos finais não serão aqueles que se anunciarem no seu arranque. Sabemos que os prazos, mesmo em obras de menor vulto, raramente se conseguem cumprir. O valor dessas obras irão dar muitos postos de trabalho e rentabilizar inúmeras empresas mas só durante a sua construção. A sua calendarização pode ser minuciosa e bem interligada. Os programas serão necessariamente exaustivos.
Mas, diz a experiência, que é certo e sabido virem os prazos estoirarem como castanhas nas brasas. E mais grave ainda, as despesas vão ser também repartidas por portugueses que seguramente não vão beneficiar destes novos serviços. Com a situação financeira do País no estado em que está parece ousadia endividá-lo ainda mais em elefantes brancos. Os elefantes castanhos que já existem tem dado conta do recado. Melhorem-nas. Se não há dinheiro não há vícios. Há muita obra menos sumptuária que pode ser feita a custos menores.
2ª Depressão – Pois feitas as contas aos salários, benesses várias e segurança social, só resta mesmo é fazerem a fusão do nosso Ballett com a Companhia de Bailados de Nanquim ou de Beijing. Criava-se um corpo de bailado casando a modernidade da Gulbenkian com a sumptuosidade da Escola chinesa. E nivelando os salários pela média das duas companhias resolvia-se o problema num pas-de-deux . Os operários da Arte dissidentes cosultariam certamente os operários da GM de Portugal e respectivos sindicatos antes de tomarem decisões precipitadas.
3ª Depressão – Nova York, Madrid, Londres. E devem rever-se semelhantes acções em Paris, etc. Rigorosamente não é visível solução a curto prazo. O que é previsível é que quem planeia e executa os atentados são homens. Não são robots. E a natureza humana não é perfeita. Não há dois homens iguais. As dissidências no interior da organização irão surgir. Os pecados dos homems acabarão por se revelar. E creio que Judas não deixará de pregar a inveja, a cobiça e a traição. Morrendo o bicho acaba-se a peçonha! A Al Kaeda irá consumir-se por dentro. Muita vigilância e muita paciência.
Partir, partir, partir, só se fôr nas obras do Carmona Rodrigues
Kalonge
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