setembro 09, 2006
BERLINER EXPRESS
Um formato mais estreitinho é a resposta inteligente do Jornal de Referência desta parvalheira de país à suposta concorrência destrutiva que o anunciado novo jornal do velho seu ex-director lhe virá fazer a partir da próxima semana.
Tão risível quanto o nome anunciado para o rival, a mudança (o refrescamento aparentemente confina-se ao "novo aspecto e novo formato" anunciado na última página do primeiro caderno) ignora, olímpica, o desbaste efectuado nos quadros jornalisticos pelo ex-director ressabiado.
É triste que a mudança - ou evolução - se anuncie apenas sob a forma de cosmética.
Mas que mais restaria anunciar? O Expresso continua uma merda - ela agora está é mais compactazinha.
PS - A edição de hoje, aparentemente, esgotou. Enquanto continuarem a oferecer um DVD em cada edição é natural que a situação se mantenha. Os portugueses adoram pechinchas.
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2 comentários:
Os Portugueses também gostam de criticar por criticar sem propor qualquer solução alternativa...E o que acha que deve mudar?
E porque é que eu havia de sugerir mudanças? Limitei-me a comentar a paridice de rato que a montanha mágica pariu.
Quanto às mudanças... mudei-me eu, farto de desbravar, em cada semana, as quase inacabáveis folhas de cada edição para encontrar algo que ler, ficando sempre no final com uma sensação de que todo aquele papel mais não era que uma repetida operação de charcutaria: encher chouriços para enrolar à volta da publicidade.
E depois, todas as semanas as mesmas tricas políticas, as mesmas indirectas, os mesmos recados, a mesma decadente crítica, tudo muito um retrato do país, cinzentão, periférico, atrasado, sem espírito crítico, ultrapassado, recheado de fait-divers irrelevantes.
Mudar? Para quê mudar quando se esgotam edições?
Para quê ler jornais, quando nada de novo eles contêm? Fazem-nos pensar? Fazem-nos reflectir? Ajudadam-nos a melhor interpretar o mundo?
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