março 15, 2006

BAH

Estou farto de palavras. As palavras são cancros que corroem, desgastam, transmutem, iludem. As palavras são más companhias, ideais próprios que se vendem como alheios. As palavras são um desperdício, um nojo, uma ilusória tentativa de negar o inevitável. Návea, réstea, nada, óbvio, tudo, pouco, tanto, apenas, até, quanto, ontário, otava, ota. Zeros, zeros, zeros.

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